Já não me parece haver grandes dúvidas sobre escândalo, nem sobre o envolvimento do PS e do governo. Coincide com aquilo que sempre se soube sobre a forma como os partidos políticos tratam o estado português, estes simplesmente passaram a um nível superior.
Não se tenha a menor dúvida de que é um escândalo de dimensões pouco, ou nunca vistas, no nosso país, envolva ou não directamente o primeiro-ministro. Por isso, é natural que se ouçam algumas vozes pedindo a intervenção do Presidente da República, particularmente daqueles que agora se sentem afectados.
Eu só gostava de recordar que o Presidente da República que, até há 10 min continuava em funções(ou, pelo menos, continuava na lista dos salários a pagar), chamou o Procurador-Geral da República há uns tempos exactamente para falar sobre este tema e que continua particularmente calado sobre o assunto. Estando em causa um ataque organizado contra o estado de direito e contra a constituição, é lícito começarmos a suspeitar se o caso não se estenderá para lá do governo e para lá do PS. Eu, por acaso, gostava de ser esclarecido de qual o papel do Presidente da República neste caso. Sabia e calou-se, não sabia mas cala-se, decidiu que deveria ter uma constituição só dele, … O aspecto que isto tem é que a porcaria está de facto generalizada.
Hó camarada não coloque o PS nesta embrulhada, assim como não colocou o seu partido na embrulhada do Dias Loureiro, o PS é uma coisa o militante José Socrates é outra, assim como o PSD é uma coisa o militante Dias Loureiro é outra.
O meu partido sou eu e, estive a ver as inscrições, não consta nenhum loureiro…
Desculpem a minha ignorância política, mas se por acaso não fosse muita maçada, não poderiam elaborar um post, onde de forma sintética, fosse explicado qual a função de um Presidente da República no nosso país, actualmente, e se realmente o seu papel (no meu entender tão passivo) justifica haver campanhas eleitorais onde os candidatos, prometem que (serão um P.R. de todos os portugueses, e que se forem eleitos vão melhorar as vidas de todos os portugueses, e blá, blá, blá)… É que eu ainda sou do tempo do Américo Tomás, (era eu uma adolescente) a quem chamavam o “corta-fitas” e sinceramente, agora não encontro grandes diferenças…
Pois é, Ana, pois é…