Gestão Fantástica

Teixeira dos Santos, o sujeito que alguém foi desencantar para a gestão das finanças nacionais e Constâncio, o inenarrável governador do Banco de Portugal decidiram, em meados de 2008, nacionalizar o Grupo Banco Português de Negócios para evitar uma reacção em cadeia ou, nas suas palavras de quem não percebe de que está a falar, ‘risco sistémico’.

Entretanto, Constâncio foi chutado para canto e deram-lhe uma promoção dourada naquilo que se poderia equiparar à nomeação do Bibi para presidente da Comissão de Protecção de Menores mas, pelo menos, os alemães é que lhe pagam e só isso já é positivo.

Teixeira dos Santos vem agora apresentar a decisão de privatização do dito Banco Português de Negócios, depois de 2 anos de gestão do estado da Caixa Geral de Depósitos pelo que vale a pena ver no que essa decisão resultou. A informação é pública e está aqui, relativamente a 2008, e aqui, relativamente a 2009.

Em 2008, a administração que a CGD lá colocou, em nome do rigor fez, e bem, colocar nas contas de 2008 anomalias que detectou nas contas de anos anteriores. Acrescido a isto, o BPN apresentou um resultado líquido negativo de 575 milhões de euros, já com a gestão da CGD, aumentando para o dobro. Portanto, temos 1194 milhões que não estavam nas contas, de acordo com a administração nomeada pela CGD e 575 milhões que esta acrescentou.

Em 2009, a administração nomeada pela CGD, conseguiu um resultado negativo de 216 milhões de euros, nos quais inclui o efeito positivo de 270 milhões de euros de provisões desfeitas, isto é, o resultado seria de 486 milhões de euros. Acrescendo a isto, a administração da CGD reduziu o saldo do depósitos a METADE! e o crédito vencido atingiu UM QUARTO da carteira de crédito total.

Resumindo, roubo do Oliveira e Costa 1,194 milhões de euros e um banco a funcionar. Gestão da Caixa Geral de Depósitos prejuízos de 1,155 milhões de euros e um banco morto. Único depositante – Caixa Geral de Depósitos. Ou seja, a administração que o banco do estado lá colocou a gerir consegue ser pior para o banco que a anterior a roubar. Notável!

Ora, isto é o resultado de mandar miúdos às compras. Ter um ministro da finanças que percebe tanto de banca como o Constâncio que, por sua vez, é uma espécie de Santana Lopes da finança. O custo para o país, accionistas, clientes e trabalhadores é gigantesco porque estes ignorantes irresponsáveis fizeram aquilo que toda a gente com dois dedos de testa lhes disse para não fazerem. E o anormal quer agora privatizar aquilo? A quem, ao cartel de Medelim?


Sobre Tonibler

Um vintém será sempre um vintém, um cretino será sempre um cretino
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